quinta-feira, 24 de setembro de 2009



A criança precisa ter noção do próprio corpo, do mundo que a cerca para entender a folha do caderno,a letra que ela irá traçar.
Falando em letra, qual tipo é adequado à alfabetização. A letra bastão ou de fôrma maiúscula, cujas formas são mais simples, oferecem maior facilidade no traçado de crianças menores que ainda não desenvolveram a coordenação motora fina para a escrita.
É mais indicada para letrar os alunos porque aparece em:
embalagens,
livros,
teclas do computador,
jornais,
revistas,
ônibus,
placas de rua,
cartazes e em muitos outros lugares.
É parte da vida cotidiana da criança e é reconhecida facilmente.
A bastão é mais lenta do que a cursiva pelo
movimento de se tirar o lápis do papel repetidas vezes.
A criança ao passar para a cursiva depois que conhecer bem as letras bastão será tão fácil e rápido que em pouco tempo terá op dominio das duas. A letra cursiva tem o traçado mais difícil e aparece só em :
bilhetes,
cartas,
nos cadernos dos colegas ou no quadro usada pela professora.
Ajuda a criança a distinguir palavras reconhecendo-as separadas.
É mais rápida pois o traço é contínuo.
Quem a aprende tem mais facilidade para traçar a letra bastão,
porém pode atrasar o ensino da escrita e da leitura,
por exigir mais das crianças.
Como podem observar os dois tipos de letra trazem benefícios e dificuldades.
Há professores que usam uma ou outra e os que usam as duas juntas.
Em uma turma de sete anos é aconselhável usar as duas,
a bastão para ler e a cursiva para escrever,
mas na turma de seis anos é favorável o uso da letra bastão.
Ao final do segundo semestre, quando os alunos já estão quase ou totalmente alfabetizados usar o caderno de caligrafia e transpor
a escrita da letra bastão para a cursiva se isto for de acordo com a concepção filosófica e metodológica aprovada no Plano Político Pedagógico da instituição.
Durante o primeiro semestre a letra cursiva pode ser dada de
diversas formas, mas não precisa ser cobrada.
A criança poderá associar e entender melhor a utilidade
da escrita com a letra bastão, já que essa aparece em diversos lugares
e têm funcionabilidade maior e mais comum para sua vida.
Importante ressaltar que é normal a confusão entre os
dois tipos de traçado quando a criança se acostuma
com uma ou outra forma de escrever.
A paciência e o incentivo são instrumentos poderosos
o tempo todo, pois é normal da idade o não querer errar e
a insegurança é uma constante.
É bom colocar cartazes com todos os tipos de letra associados a desenhos,
com palavras geradoras e sílabas provenientes
dessas palavras, acima do quadro.
Não é necessário esconder a letra dos alunos.
Pelo contrário.
Não trabalhar com a cursiva no início não significa
negar a sua existência.
Normalmente em atividades que envolvam o traçado
dessas letras as crianças fazem associações sozinhas...
"Professora , essa é a letra A do avião!"
Deixe a criança à vontade, diga que está certa,
mas só se aprofunde no assunto se for o
começo da mudança do uso de letra,questione quem tem
a letra no nome, peça que tragam rótulos de casa onde
a letra aparece, dentre outras atividades.
Caso contrário não incentive a continuação da conversa.
Conheça a turma antes, verifique o nível de desenvolvimento
que as crianças já possuem e quais as habilidades
que elas já desenvolveram.
Lembre-se sempre de que NÃO EXISTE REGRA.
Tudo depende da turma com a qual você está trabalhando.
Considerar seus alunos é caminho certo em direção ao sucesso.
Feliz aquele que transfere o que sabe...

sexta-feira, 18 de setembro de 2009

UM POUCO DA TEORIA DOS PRINCIPAIS PENSADORES

A ABORDAGEM DE HENRI WALLON

A GÊNESE DA INTELIGÊNCIA PARA WALLON É GENÉTICA E ORGANICAMENTE SOCIAL, OU SEJA, "O SER HUMANO É ORGANICAMENTE SOCIAL E SUA ESTRUTURA ORGÂNICA SUPÕE A INTERVENÇÃO DA CULTURA PARA SE ATUALIZAR" (DANTAS, 1992). NESSE SENTIDO, A TEORIA DO DESENVOLVIMENTO COGNITIVO DE WALLON É CENTRADA NA PSICOGÊNESE DA PESSOA COMPLETA.
HENRI WALLON RECONSTRUIU O SEU MODELO DE ANÁLISE AO PENSAR NO DESENVOLVIMENTO HUMANO, ESTUDANDO-O A PARTIR DO DESENVOLVIMENTO PSÍQUICO DA CRIANÇA. ASSIM, O DESENVOLVIMENTO DA CRIANÇA APARECE DESCONTÍNUO, MARCADO POR CONTRADIÇÕES E CONFLITOS, RESULTADO DA MATURAÇÃO E DAS CONDIÇÕES AMBIENTAIS, PROVOCANDO ALTERAÇÕES QUALITATIVAS NO SEU COMPORTAMENTO EM GERAL.
WALLON REALIZA UM ESTUDO QUE É CENTRADO NA CRIANÇA CONTEXTUALIZADA, ONDE O RITMO NO QUAL SE SUCEDEM AS ETAPAS DO DESENVOLVIMENTO É DESCONTÍNUO, MARCADO POR RUPTURAS, RETROCESSOS E REVIRAVOLTAS, PROVOCANDO EM CADA ETAPA PROFUNDAS MUDANÇAS NAS ANTERIORES.
NESSE SENTIDO, A PASSAGEM DOS ESTÁGIOS DE DESENVOLVIMENTO NÃO SE DÁ LINEARMENTE, POR AMPLIAÇÃO, MAS POR REFORMULAÇÃO, INSTALANDO-SE NO MOMENTO DA PASSAGEM DE UMA ETAPA A OUTRA, CRISES QUE AFETAM A CONDUTA DA CRIANÇA.
CONFLITOS SE INSTALAM NESSE PROCESSO E SÃO DE ORIGEM EXÓGENA QUANDO RESULTANTES DOS DESENCONTROS ENTRE AS AÇÕES DA CRIANÇA E O AMBIENTE EXTERIOR, ESTRUTURADO PELOS ADULTOS E PELA CULTURA E ENDÓGENOS E QUANDO GERADOS PELOS EFEITOS DA MATURAÇÃO NERVOSA (GALVÃO, 1995). ESSES CONFLITOS SÃO PROPULSORES DO DESENVOLVIMENTO.
OS CINCO ESTÁGIOS DE DESENVOLVIMENTO DO SER HUMANO APRESENTADOS POR GALVÃO (1995) SUCEDEM-SE EM FASES COM PREDOMINÂNCIA AFETIVA E COGNITIVA:

IMPULSIVO-EMOCIONAL, QUE OCORRE NO PRIMEIRO ANO DE VIDA. A PREDOMINÂNCIA DA AFETIVIDADE ORIENTA AS PRIMEIRAS REAÇÕES DO BEBÊ ÀS PESSOAS, ÀS QUAIS INTERMEDIAM SUA RELAÇÃO COM O MUNDO FÍSICO;

SENSÓRIO-MOTOR E PROJETIVO, QUE VAI ATÉ OS TRÊS ANOS. A AQUISIÇÃO DA MARCHA E DA PRENSÃO, DÃO À CRIANÇA MAIOR AUTONOMIA NA MANIPULAÇÃO DE OBJETOS E NA EXPLORAÇÃO DOS ESPAÇOS. TAMBÉM, NESSE ESTÁGIO, OCORRE O DESENVOLVIMENTO DA FUNÇÃO SIMBÓLICA E DA LINGUAGEM. O TERMO PROJETIVO REFERE-SE AO FATO DA AÇÃO DO PENSAMENTO PRECISAR DOS GESTOS PARA SE EXTERIORIZAR. O ATO MENTAL "PROJETA-SE" EM ATOS MOTORES. COMO DIZ DANTAS (1992), PARA WALLON, O ATO MENTAL SE DESENVOLVE A PARTIR DO ATO MOTOR;

PERSONALISMO, OCORRE DOS TRÊS AOS SEIS ANOS. NESSE ESTÁGIO DESENVOLVE-SE A CONSTRUÇÃO DA CONSCIÊNCIA DE SI MEDIANTE AS INTERAÇÕES SOCIAIS, REORIENTANDO O INTERESSE DAS CRIANÇAS PELAS PESSOAS;

CATEGORIAL. OS PROGRESSOS INTELECTUAIS DIRIGEM O INTERESSE DA CRIANÇA PARA AS COISAS, PARA O CONHECIMENTO E CONQUISTA DO MUNDO EXTERIOR;

PREDOMINÂNCIA FUNCIONAL. OCORRE NOVA DEFINIÇÃO DOS CONTORNOS DA PERSONALIDADE, DESESTRUTURADOS DEVIDO ÀS MODIFICAÇÕES CORPORAIS RESULTANTES DA AÇÃO HORMONAL. QUESTÕES PESSOAIS, MORAIS E EXISTENCIAIS SÃO TRAZIDAS À TONA.

NA SUCESSÃO DE ESTÁGIOS HÁ UMA ALTERNÂNCIA ENTRE AS FORMAS DE ATIVIDADES E DE INTERESSES DA CRIANÇA, DENOMINADA DE "ALTERNÂNCIA FUNCIONAL", ONDE CADA FASE PREDOMINANTE (DE DOMINÂNCIA, AFETIVIDADE, COGNIÇÃO), INCORPORA AS CONQUISTAS REALIZADAS PELA OUTRA FASE, CONSTRUINDO-SE RECIPROCAMENTE, NUM PERMANENTE PROCESSO DE INTEGRAÇÃO E DIFERENCIAÇÃO.

WALLON ENFATIZA O PAPEL DA EMOÇÃO NO DESENVOLVIMENTO HUMANO, POIS, TODO O CONTATO QUE A CRIANÇA ESTABELECE COM AS PESSOAS QUE CUIDAM DELA DESDE O NASCIMENTO, SÃO FEITO DE EMOÇÕES E NÃO APENAS COGNIÇÕES.

BASEOU SUAS IDÉIAS EM QUATRO ELEMENTOS BÁSICOS QUE ESTÃO TODO O TEMPO EM COMUNICAÇÃO: AFETIVIDADE, EMOÇÕES, MOVIMENTO E FORMAÇÃO DO EU.

AFETIVIDADE- POSSUI PAPEL FUNDAMENTAL NO DESENVOLVIMENTO DA PESSOA POIS É POR MEIO DELAS QUE O SER HUMANO DEMONSTRA SEUS DESEJOS E VONTADES. AS TRANSFORMAÇÕES FISIOLÓGICAS DE UMA CRIANÇA (NAS PALAVRAS DE WALLON, EM SEU SISTEMA NEUROVEGETATIVO) REVELAM IMPORTANTES TRAÇOS DE CARÁTER E PERSONALIDADE. EMOÇÕES- É ALTAMENTE ORGÂNICA, AJUDA O SER HUMANO A SE CONHECER. A RAIVA, O MEDO, A TRISTEZA, A ALEGRIA E OS SENTIMENTOS MAIS PROFUNDOS POSSUEM UMA FUNÇÃO DE GRANDE RELEVÂNCIA NO RELACIONAMENTO DA CRIANÇA COM O MEIO.

MOVIMENTO- AS EMOÇÕES DA ORGANIZAÇÃO DOS ESPAÇOS PARA SE MOVIMENTAREM. DESTE MODO, A MOTRICIDADE TEM UM CARÁTER PEDAGÓGICO TANTO PELA QUALIDADE DO GESTO E DO MOVIMENTO, QUANTO PELA MANEIRA COM QUE ELE É REPRESENTADO. A ESCOLA AO INSISTIR EM MANTER A CRIANÇA IMOBILIZADA ACABA POR LIMITAR O FLUIR DE FATORES NECESSÁRIOS E IMPORTANTES PARA O DESENVOLVIMENTO COMPLETO DA PESSOA.

FORMAÇÃO DO EU- A CONSTRUÇÃO DO EU DEPENDE ESSENCIALMENTE DO OUTRO. COM MAIOR ÊNFASE A PARTIR DE QUANDO A CRIANÇA COMEÇA A VIVENCIAR A "CRISE DE OPOSIÇÃO", NA QUAL A NEGAÇÃO DO OUTRO FUNCIONA COMO UMA ESPÉCIE DE INSTRUMENTO DE DESCOBERTA DE SI PRÓPRIA. ISSO ACONTECE MAIS OU MENOS EM TORNO DOS 3 ANOS, QUANDO É A HORA DE SABER QUE "EU" SOU. IMITAÇÃO, MANIPULAÇÃO E SEDUÇÃO EM RELAÇÃO AO OUTRO SÃO CARACTERÍSTICAS COMUNS NESTA FASE.


WALLON, DEIXOU-NOS UMA NOVA CONCEPÇÃO DA MOTRICIDADE, DA EMOTIVIDADE, DA INTELIGÊNCIA HUMANA E, SOBRETUDO, UMA MANEIRA ORIGINAL DE PENSAR A PSICOLOGIA INFANTIL E REFORMULAR OS SEUS PROBLEMAS.

PSICOGÊNESE DA PESSOA COMPLETA
WALLON PROCURA EXPLICAR OS FUNDAMENTOS DA PSICOLOGIA COMO CIÊNCIA, SEUS ASPECTOS EPISTEMOLÓGICOS, OBJETIVOS E METODOLÓGICOS.
ADMITE O ORGANISMO COMO CONDIÇÃO PRIMEIRA DO PENSAMENTO, POIS TODA A FUNÇÃO PSÍQUICA SUPÕE UM COMPONENTE ORGÂNICO. NO ENTANTO, CONSIDERA QUE NÃO É CONDIÇÃO SUFICIENTE, POIS O OBJETO DE AÇÃO MENTAL VEM DO AMBIENTE NO QUAL O SUJEITO ESTÁ INSERIDO, OU SEJA, DE FORA. CONSIDERA QUE O HOMEM É DETERMINADO FISIOLÓGICA E SOCIALMENTE, SUJEITO ÀS DISPOSIÇÕES INTERNAS E ÀS SITUAÇÕES EXTERIORES.
PSICOLOGIA GENÉTICA

A PSICOLOGIA GENÉTICA ESTUDA OS PROCESSOS PSÍQUICOS EM SUA ORIGEM, PARTE DA ANÁLISE DOS PROCESSOS PRIMEIROS E MAIS SIMPLES, PELOS QUAIS CRONOLOGICAMENTE PASSA O SUJEITO. PARA WALLON ESSA É A ÚNICA FORMA DE NÃO DISSOLVER EM ELEMENTOS SEPARADOS E ABSTRATOS A TOTALIDADE DA VIDA PSÍQUICA.
WALLON PROPÕE A PSICOGÊNESE DA PESSOA COMPLETA, OU SEJA, O ESTUDO INTEGRADO DO DESENVOLVIMENTO.
CONSIDERA QUE NÃO É POSSÍVEL SELECIONAR UM ÚNICO ASPECTO DO SER HUMANO E VÊ O DESENVOLVIMENTO NOS VÁRIOS CAMPOS FUNCIONAIS NOS QUAIS SE DISTRIBUI A ATIVIDADE INFANTIL (AFETIVO, MOTOR E COGNITIVO).
PARA ELE O ESTUDO DO DESENVOLVIMENTO HUMANO DEVE CONSIDERAR O SUJEITO COMO “GENETICAMENTE SOCIAL” E ESTUDAR A CRIANÇA CONTEXTUALIZADA, NAS RELAÇÕES COM O MEIO. WALLON RECORREU A OUTROS CAMPOS DE CONHECIMENTO PARA APROFUNDAR A EXPLICAÇÃO DO FATORES DE DESENVOLVIMENTO (NEUROLOGIA, PSICOPATOLOGIA, ANTROPOLOGIA, PSICOLOGIA ANIMAL).
PARA ELE A ATIVIDADE DO HOMEM É INCONCEBÍVEL SEM O MEIO SOCIAL; PORÉM AS SOCIEDADES NÃO PODERIAM EXISTIR SEM INDIVÍDUOS QUE POSSUAM APTIDÕES COMO A DA LINGUAGEM QUE PRESSUPÕE UMA CONFORMAÇÃO DETERMINADA DO CÉREBRO, HAJA VISTA QUE CERTAS PERTURBAÇÕES DE SUA INTEGRIDADE, PRIVAM O INDIVÍDUO DA PALAVRA. VEMOS ENTÃO QUE PARA ELE NÃO É POSSÍVEL DISSOCIAR O BIOLÓGICO DO SOCIAL NO HOMEM. ESTA É UMA DAS CARACTERÍSTICAS BÁSICAS DA SUA TEORIA DO DESENVOLVIMENTO.
DE ACORDO COM DANTAS (1992) WALLON CONCEBE O HOMEM COMO SENDO GENÉTICA E ORGANICAMENTE SOCIAL E A SUA EXISTÊNCIA SE REALIZA ENTRE AS EXIGÊNCIAS DA SOCIEDADE E AS DO ORGANISMO.

PEDAGOGICAMENTE A REFLEXÃO A PARTIR DE TAIS CONCEPÇÕES EXIGE UMA PRÁTICA QUE ATENDA AS NECESSIDADES DAS CRIANÇAS NOS PLANOS AFETIVO, COGNITIVO E MOTOR, ALÉM DE PROMOVER O SEU DESENVOLVIMENTO EM TODOS OS NÍVEIS.

O MAIOR OBJETIVO DA EDUCAÇÃO NO CONTEXTO DE SUA PSICOLOGIA GENÉTICA ESTARIA POSTO NO DESENVOLVIMENTO DA PESSOA E NÃO EM SEU DESENVOLVIMENTO INTELECTUAL. A INTELIGÊNCIA É UMA PARTE DO TODO EM QUE A PESSOA SE CONSTITUI.


A ABORDAGEM DE PAULO FREIRE

PARA PAULO FREIRE, VIVEMOS EM UMA SOCIEDADE DIVIDIDA EM CLASSES, SENDO QUE OS PRIVILÉGIOS DE UNS, IMPEDEM QUE A MAIORIA, USUFRUA DOS BENS PRODUZIDOS E, COLOCA COMO UM DESSES BENS PRODUZIDOS E NECESSÁRIOS PARA CONCRETIZAR O VOCAÇÃO HUMANA DE SER MAIS, A EDUCAÇÃO, DA QUAL É EXCLUÍDA GRANDE PARTE DA POPULAÇÃO DO TERCEIRO MUNDO. REFERE-SE ENTÃO A DOIS TIPOS DE PEDAGOGIA: A PEDAGOGIA DOS DOMINANTES, ONDE A EDUCAÇÃO EXISTE COMO PRÁTICA DA DOMINAÇÃO, E A PEDAGOGIA DO OPRIMIDO, QUE PRECISA SER REALIZADA, NA QUAL A EDUCAÇÃO SURGIRIA COMO PRÁTICA DA LIBERDADE.
O MOVIMENTO PARA A LIBERDADE, DEVE SURGIR E PARTIR DOS PRÓPRIOS OPRIMIDOS, E A PEDAGOGIA DECORRENTE SERÁ " AQUELA QUE TEM QUE SER FORJADA COM ELE E NÃO PARA ELE, ENQUANTO HOMENS OU POVOS, NA LUTA INCESSANTE DE RECUPERAÇÃO DE SUA HUMANIDADE". VÊ-SE QUE NÃO É SUFICIENTE QUE O OPRIMIDO TENHA CONSCIÊNCIA CRÍTICA DA OPRESSÃO, MAS, QUE SE DISPONHA A TRANSFORMAR ESSA REALIDADE; TRATA-SE DE UM TRABALHO DE CONSCIENTIZAÇÃO E POLITIZAÇÃO.
A PEDAGOGIA DO DOMINANTE É FUNDAMENTADA EM UMA CONCEPÇÃO BANCÁRIA DE EDUCAÇÃO, (PREDOMINA O DISCURSO E A PRÁTICA, NA QUAL, QUEM É O SUJEITO DA EDUCAÇÃO É O EDUCADOR, SENDO OS EDUCANDOS, COMO VASILHAS A SEREM ENCHIDAS; O EDUCADOR DEPOSITA "COMUNICADOS" QUE ESTES, RECEBEM, MEMORIZAM E REPETEM), DA QUAL DERIVA UMA PRÁTICA TOTALMENTE VERBALISTA, DIRIGIDA PARA A TRANSMISSÃO E AVALIAÇÃO DE CONHECIMENTOS ABSTRATOS, NUMA RELAÇÃO VERTICAL, O SABER É DADO, FORNECIDO DE CIMA PARA BAIXO, E AUTORITÁRIA, POIS MANDA QUEM SABE.
DESSA MANEIRA, O EDUCANDO EM SUA PASSIVIDADE, TORNA-SE UM OBJETO PARA RECEBER PATERNALISTICAMENTE A DOAÇÃO DO SABER DO EDUCADOR, SUJEITO ÚNICO DE TODO O PROCESSO. ESSE TIPO DE EDUCAÇÃO PRESSUPÕE UM MUNDO HARMONIOSO, NO QUAL NÃO HÁ CONTRADIÇÕES, DAÍ A CONSERVAÇÃO DA INGENUIDADE DO OPRIMIDO, QUE COMO TAL SE ACOSTUMA E ACOMODA NO MUNDO CONHECIDO (O MUNDO DA OPRESSÃO)- -E EIS AÍ, A EDUCAÇÃO EXERCIDA COMO UMA PRÁTICA DA DOMINAÇÃO.

O Educar para Paulo Freire

Educar é construir, é libertar o homem do determinismo, passando a reconhecer o papel da História e onde a questão da identidade cultural, tanto em sua dimensão individual, como em relação à classe dos educandos, é essencial à prática pedagógica proposta. Sem respeitar essa identidade, sem autonomia, sem levar em conta as experiências vividas pelos educandos antes de chegar à escola, o processo será inoperante, somente meras palavras despidas de significação real.A educação é ideológica, mas dialogante, pois só assim pode se estabelecer a verdadeira comunicação da aprendizagem entre seres constituídos de almas, desejos e sentimentos.
A concepção de educação de Paulo Freire percebe o homem como um ser autônomo
Esta autonomia está presente na definição de vocação ontológica de ‘ser mais’ que está associada com a capacidade de transformar o mundo. É exatamente aí que o homem se diferencia do animal. Por viver num presente indiferenciado e por não perceber-se como um ser unitário distinto do mundo, o animal não tem história. A educação problematizadora responde à essência do ser e da sua consciência, que é a intencionalidade.A intencionalidade está na capacidade de admirar o mundo, ao mesmo tempo desprendendo-se dele, nele estando, que desmistifica, problematiza e critica a realidade admirada, gerando a percepção daquilo que é inédito e viável. Resulta em uma percepção que elimina posturas fatalistas que apresentam a realidade dotada de uma determinação imutável.Por acreditar que o mundo é passível de transformação a consciência crítica liga-se ao mundo da cultura e não da natureza. O educando deve primeiro descobrir-se como um construtor desse mundo da cultura. Essa concepção distingue natureza de cultura, entendendo a cultura como o acrescentamento que o homem faz ao mundo, ou como o resultado do seu trabalho, do seu esforço criador. Essa descoberta é a responsável pelo resgate da sua auto-estima, pois, tanto é cultura a obra de um grande escultor, quanto o tijolo feito pelo oleiro.Procura-se superar a dicotomia entre teoria e prática, pois durante o processo, quando o homem descobre que sua prática supõe um saber, conclui que conhecer é interferir na realidade, percebe-se como um sujeito da história.Para ele "não se pode separar a prática da teoria, autoridade de liberdade, ignorância de saber, respeito ao professor de respeito aos alunos, ensinar de aprender".

Vygotsky

Lev S. Vygotsky (1896-1934) , professor e pesquisador foi contemporâneo de Piaget, e nasceu em Orsha, pequena cidade da Bielorrusia em 17 de novembro de 1896, viveu na Rússia, quando morreu, de tuberculose, tinha 37 anos.
Construiu sua teoria tendo por base o desenvolvimento do indivíduo como resultado de um processo sócio-histórico, enfatizando o papel da linguagem e da aprendizagem nesse desenvolvimento, sendo essa teoria considerada histórico-social. Sua questão central é a aquisição de conhecimentos pela interação do sujeito com o meio.
As concepções de Vygotsky sobre o processo de formação de conceitos remetem às relações entre pensamento e linguagem, à questão cultural no processo de construção de significados pelos indivíduos, ao processo de internalização e ao papel da escola na transmissão de conhecimento, que é de natureza diferente daqueles aprendidos na vida cotidiana. Propõe uma visão de formação das funções psíquicas superiores como internalização mediada pela cultura.
As concepções de Vygotsky sobre o funcionamento do cérebro humano, colocam que o cérebro é a base biológica, e suas peculiaridades definem limites e possibilidades para o desenvolvimento humano. Essas concepções fundamentam sua idéia de que as funções psicológicas superiores (por ex. linguagem, memória) são construídas ao longo da história social do homem, em sua relação com o mundo. Desse modo, as funções psicológicas superiores referem-se a processos voluntários, ações conscientes, mecanismos intencionais e dependem de processos de aprendizagem.
Mediação: uma idéia central para a compreensão de suas concepções sobre o desenvolvimento humano como processo sócio-histórico é a idéia de mediação: enquanto sujeito do conhecimento o homem não tem acesso direto aos objetos, mas acesso mediado, através de recortes do real, operados pelos sistemas simbólicos de que dispõe, portanto enfatiza a construção do conhecimento como uma interação mediada por várias relações, ou seja, o conhecimento não está sendo visto como uma ação do sujeito sobre a realidade, assim como no construtivismo e sim, pela mediação feita por outros sujeitos. O outro social, pode apresentar-se por meio de objetos, da organização do ambiente, do mundo cultural que rodeia o indivíduo.
A linguagem, sistema simbólico dos grupos humanos, representa um salto qualitativo na evolução da espécie. É ela que fornece os conceitos, as formas de organização do real, a mediação entre o sujeito e o objeto do conhecimento. É por meio dela que as funções mentais superiores são socialmente formadas e culturalmente transmitidas, portanto, sociedades e culturas diferentes produzem estruturas diferenciadas.
A cultura fornece ao indivíduo os sistemas simbólicos de representação da realidade, ou seja, o universo de significações que permite construir a interpretação do mundo real. Ela dá o local de negociações no qual seus membros estão em constante processo de recriação e reinterpretação de informações, conceitos e significações.
O processo de internalização é fundamental para o desenvolvimento do funcionamento psicológico humano. A internalização envolve uma atividade externa que deve ser modificada para tornar-se uma atividade interna, é interpessoal e se torna intrapessoal.
Usa o termo função mental para referir-se aos processos de: pensamento, memória, percepção e atenção. Coloca que o pensamento tem origem na motivação, interesse, necessidade, impulso, afeto e emoção.
A interação social e o instrumento lingüístico são decisivos para o desenvolvimento.
Existem, pelo menos dois níveis de desenvolvimento identificados por Vygotsky: um real, já adquirido ou formado, que determina o que a criança já é capaz de fazer por si própria, e um potencial, ou seja, a capacidade de aprender com outra pessoa.
A aprendizagem interage com o desenvolvimento, produzindo abertura nas zonas de desenvolvimento proximal ( distância entre aquilo que a criança faz sozinha e o que ela é capaz de fazer com a intervenção de um adulto; potencialidade para aprender, que não é a mesma para todas as pessoas; ou seja, distância entre o nível de desenvolvimento real e o potencial ) nas quais as interações sociais são centrais, estando então, ambos os processos, aprendizagem e desenvolvimento, inter-relacionados; assim, um conceito que se pretenda trabalhar, como por exemplo, em matemática, requer sempre um grau de experiência anterior para a criança.
O desenvolvimento cognitivo é produzido pelo processo de internalização da interação social com materiais fornecidos pela cultura, sendo que o processo se constrói de fora para dentro. Para Vygotsky, a atividade do sujeito refere-se ao domínio dos instrumentos de mediação, inclusive sua transformação por uma atividade mental.
Para ele, o sujeito não é apenas ativo, mas interativo, porque forma conhecimentos e se constitui a partir de relações intra e interpessoais.
É na troca com outros sujeitos e consigo próprio que se vão internalizando conhecimentos, papéis e funções sociais, o que permite a formação de conhecimentos e da própria consciência. Trata-se de um processo que caminha do plano social - relações interpessoais - para o plano individual interno - relações intra-pessoais.
Assim, a escola é o lugar onde a intervenção pedagógica intencional desencadeia o processo ensino-aprendizagem.
O professor tem o papel explícito de interferir no processo, diferentemente de situações informais nas quais a criança aprende por imersão em um ambiente cultural. Portanto, é papel do docente provocar avanços nos alunos e isso se torna possível com sua interferência na zona proximal.
Vemos ainda como fator relevante para a educação, decorrente das interpretações das teorias de Vygotsky, a importância da atuação dos outros membros do grupo social na mediação entre a cultura e o indivíduo, pois uma intervenção deliberada desses membros da cultura, nessa perspectiva, é essencial no processo de desenvolvimento. Isso nos mostra os processos pedagógicos como intencionais, deliberados, sendo o objeto dessa intervenção : a construção de conceitos.
O aluno não é tão somente o sujeito da aprendizagem, mas, aquele que aprende junto ao outro o que o seu grupo social produz, tal como: valores, linguagem e o próprio conhecimento.
A formação de conceitos espontâneos ou cotidianos desenvolvidos no decorrer das interações sociais, diferenciam-se dos conceitos científicos adquiridos pelo ensino, parte de um sistema organizado de conhecimentos.

A aprendizagem é fundamental ao desenvolvimento dos processos internos na interação com outras pessoas.
Ao observar a zona proximal, o educador pode orientar o aprendizado no sentido de adiantar o desenvolvimento potencial de uma criança, tornando-o real. Nesse ínterim, o ensino deve passar do grupo para o indivíduo. Em outras palavras, o ambiente influenciaria a internalização das atividades cognitivas no indivíduo, de modo que, o aprendizado gere o desenvolvimento. Portanto, o desenvolvimento mental só pode realizar-se por intermédio do aprendizado.


PIAGET

Pensamento predominante à época Até o início do século XX assumia-se que as crianças pensavam e raciocinavam da mesma maneira que os adultos. A crença da maior parte das sociedades era a de que qualquer diferença entre os processos cognitivos entre crianças e adultos era sobretudo de grau: os adultos eram superiores mentalmente, do mesmo modo que eram fisicamente maiores, mas os processos cognitivos básicos eram os mesmos ao longo da vida.

Piaget, a partir da observação cuidadosa de seus próprios filhos e de muitas outras crianças, concluiu que em muitas questões cruciais as crianças não pensam como os adultos. Por ainda lhes faltarem certas habilidades, a maneira de pensar é diferente, não somente em grau, como em classe.

A teoria de Piaget do desenvolvimento cognitivo é uma teoria de etapas, uma teoria que pressupõe que os seres humanos passam por uma série de mudanças ordenadas e previsíveis.

Pressupostos básicos de sua teoria:
o interacionismo, a idéia de construtivismo seqüencial e os fatores que interferem no desenvolvimento.

A criança é concebida como um ser dinâmico, que a todo momento interage com a realidade, operando ativamente com objetos e pessoas.
Essa interação com o ambiente faz com que construa estrutura mentais e adquira maneiras de fazê-las funcionar. O eixo central, portanto, é a interação organismo-meio e essa interação acontece através de dois processos simultâneos: a organização interna e a adaptação ao meio, funções exercidas pelo organismo ao longo da vida.
A adaptação, definida por Piaget, como o próprio desenvolvimento da inteligência, ocorre através da assimilação e acomodação. Os esquemas de assimilação vão se modificando, configurando os estágios de desenvolvimento.
Considera, ainda, que o processo de desenvolvimento é influenciado por fatores como: maturação (crescimento biológico dos órgãos), exercitação (funcionamento dos esquemas e órgãos que implica na formação de hábitos), aprendizagem social (aquisição de valores, linguagem, costumes e padrões culturais e sociais) e equilibração (processo de auto regulação interna do organismo, que se constitui na busca sucessiva de reequilíbrio após cada desequilíbrio sofrido).
A educação na visão Piagetiana: com base nesses pressupostos, a educação deve possibilitar à criança um desenvolvimento amplo e dinâmico desde o período sensório- motor até o operatório abstrato.
A escola deve partir ( ver: Piaget na Escola de Educação Infantil) dos esquemas de assimilação da criança, propondo atividades desafiadoras que provoquem desequilíbrios e reequilibrações sucessivas, promovendo a descoberta e a construção do conhecimento.
Para construir esse conhecimento, as concepções infantis combinam-se às informações advindas do meio, na medida em que o conhecimento não é concebido apenas como sendo descoberto espontaneamente pela criança, nem transmitido de forma mecânica pelo meio exterior ou pelos adultos, mas, como resultado de uma interação, na qual o sujeito é sempre um elemento ativo, que procura ativamente compreender o mundo que o cerca, e que busca resolver as interrogações que esse mundo provoca.
É aquele que aprende basicamente através de suas próprias ações sobre os objetos do mundo, e que constrói suas próprias categorias de pensamento ao mesmo tempo que organiza seu mundo. Não é um sujeito que espera que alguém que possui um conhecimento o transmita a ele por um ato de bondade.
Vamos esclarecer um pouco mais para você: quando se fala em sujeito ativo, não estamos falando de alguém que faz muitas coisas, nem ao menos de alguém que tem uma atividade observável.
O sujeito ativo de que falamos é aquele que compara, exclui, ordena, categoriza, classifica, reformula, comprova, formula hipóteses, etc... em uma ação interiorizada (pensamento) ou em ação efetiva (segundo seu grau de desenvolvimento). Alguém que esteja realizando algo materialmente, porém seguindo um modelo dado por outro, para ser copiado, não é habitualmente um sujeito intelectualmente ativo.

Principais objetivos da educação: formação de homens "criativos, inventivos e descobridores", de pessoas críticas e ativas, e na busca constante da construção da autonomia.

Devemos lembrar que Piaget não propõe um método de ensino, mas, ao contrário, elabora uma teoria do conhecimento e desenvolve muitas investigações cujos resultados são utilizados por psicólogos e pedagogos.
Desse modo, suas pesquisas recebem diversas interpretações que se concretizam em propostas didáticas também diversas.

EMILIA FERREIRO

Falar de alfabetização, sem abordar pelo menos alguns aspectos da obra de Emilia Ferreiro, é praticamente impossível.Ela não criou um método de alfabetização, como ouvimos muitas escolas erroneamente apregoarem, e sim, procurou observar como se realiza a construção da linguagem escrita na criança. Os resultados de suas pesquisas permitem, isso sim, que conhecendo a maneira com que a criança concebe o processo de escrita, as teorias pedagógicas e metodológicas, nos apontem caminhos, a fim os erros mais freqüentes daqueles que alfabetizam possam ser evitados, desmistificando certos mitos vigentes em nossas escolas.
Aqueles que são, ou foram alfabetizadores, com certeza, já se depararam com certos professores que logo ao primeiro mês de aula estão dizendo, a respeito de alguns alunos: não tem prontidão para aprender, tem problemas familiares, é muito fraca da cabeça, não fez uma boa pré-escola, não tem maturidade para aprender e tantos outros comentários assemelhados. Outras vezes, culpam-se os próprios educadores, os métodos ou o material didático. Com seus estudos, Ferreiro desloca a questão para outro campo: " Qual a natureza da relação entre o real e sua representação? " As respostas encontradas a esse questionamento levam, pode-se dizer, a uma revolução conceitual da alfabetização.A escrita da criança não resulta de simples cópia de um modelo externo, mas é um processo de construção pessoal. Emilia Ferreiro percebe que de fato, as crianças reinventam a escrita, no sentido de que inicialmente precisam compreender seu processo de construção e suas normas de produção.
" Ler não é decifrar, escrever não é copiar".
Muito antes de iniciar o processo formal de aprendizagem da leitura/escrita, as crianças constroem hipóteses sobre este objeto de conhecimento.Segundo Emília Ferreiro e Ana Teberowsky (pedagoga de Barcelona), pesquisadoras reconhecidas internacionalmente por seus trabalhos sobre alfabetização, a grande maioria das crianças, na faixa dos seis anos, faz corretamente a distinção entre texto e desenho, sabendo que o que se pode ler é aquilo que contém letras, embora algumas ainda persistam na hipótese de que tanto se pode ler as letras quanto os desenhos. É bastante significativo que estas crianças pertençam às classes sociais mais pobres que por isso acabam tendo um menor contato com material escrito.
O processo de construção da escrita por EMILIA FERREIRO
Na fase 1, início dessa construção, as tentativas das crianças dão-se no sentido da reprodução dos traços básicos da escrita com que elas se deparam no cotidiano. O que vale é a intenção, pois, embora o traçado seja semelhante, cada um "lê" em seus rabiscos aquilo que quis escrever. Desta maneira, cada um só pode interpretar a sua própria escrita, e não a dos outros. Nesta fase, a criança elabora a hipótese de que a escrita dos nomes é proporcional ao tamanho do objeto ou ser a que está se referindo.

Na fase 2, a hipótese central é de que para ler coisas diferentes é preciso usar formas diferentes. A criança procura combinar de várias maneiras as poucas formas de letras que é capaz de reproduzir.Nesta fase, ao tentar escrever, a criança respeita duas exigências básicas: a quantidade de letras (nunca inferior a três) e a variedade entre elas, (não podem ser repetidas).

Na fase 3, são feitas tentativas de dar um valor sonoro a cada uma das letras que compõem a palavra. Surge a chamada hipótese silábica, isto é, cada grafia traçada corresponde a uma sílaba pronunciada, podendo ser usadas letras ou outro tipo de grafia. Há, neste momento, um conflito entre a hipótese silábica e a quantidade mínima de letras exigida para que a escrita possa ser lida.A criança, neste nível, trabalhando com a hipótese silábica, precisa usar duas formas gráficas para escrever palavras com duas sílabas, o que vai de encontro às suas idéias iniciais de que são necessários, pelo menos três caracteres. Este conflito a faz caminhar para outra fase.

Na fase 4 ocorre, então a transição da hipótese silábica para a alfabética. O conflito que se estabeleceu - entre uma exigência interna da própria criança ( o número mínimo de grafias ) e a realidade das formas que o meio lhe oferece, faz com que ela procure soluções.Ela, então, começa a perceber que escrever é representar progressivamente as partes sonoras das palavras, ainda que não o faça corretamente.

Na fase 5, finalmente, é atingido o estágio da escrita alfabética, pela compreensão de que a cada um dos caracteres da escrita corresponde valores menores que a sílaba, e que uma palavra, se tiver duas sílabas, exigindo, portanto, dois movimentos para ser pronunciada, necessitará mais do que duas letras para ser escrita e a existência de uma regra produtiva que lhes permite, a partir desses elementos simples, formar a representação de inúmeras sílabas, mesmo aquelas sobre as quais não se tenham exercitado.


Celestin Freinet

Celestin Freinet (1896-1966), crítico da escola tradicional e das escolas novas, Freinet foi criador, na França, do movimento da escola moderna. Seu objetivo básico era desenvolver uma escola popular. Na sua concepção, a sociedade é plena de contradições que refletem os interesses antagônicos das classes sociais que nela existem, sendo que tais contradições penetram em todos os aspectos da vida social, inclusive na escola. Para ele, a relação direta do homem com o mundo físico e social é feita através do trabalho (atividade coletiva) e liberdade é aquilo que decidimos em conjunto. Em suas concepções educacionais dirige pesadas críticas à escola tradicional, que considera inimiga do "tatear experimental", fechada, contrária à descoberta, ao interesse e ao prazer da criança. Analisou de forma crítica o autoritarismo da escola tradicional, expresso nas regras rígidas da organização do trabalho, no conteúdo determinado de forma arbitrária, compartimentados e defasados em relação à realidade social e ao progresso das ciências.
Era contra o autoritarismo sob qualquer aspecto, sendo contrário à avaliação quantitativa e à imposição de castigos e sanções. Isso não significa que, de acordo com a corrente pedagógica que criou, não deva haver ordem e disciplina em sala de aula. Ao contrário, o respeito mútuo entre professor e aluno é fundamental. Mas, critica também as propostas da Escola Nova, particularmente Decroly e Montessori, questionando seus métodos, pela definição de materiais, locais e condições especiais para a realização do trabalho pedagógico. Para Freinet as mudanças necessárias e profundas na educação deveriam ser feitas pela base, ou seja, pelos próprios professores. O movimento pedagógico fundado por ele caracteriza-se por sua dimensão social, evidenciada pela defesa de uma escola centrada na criança, que é vista não como um indivíduo isolado, mas, fazendo parte de uma comunidade. Atribui grande ênfase ao trabalho: as atividades manuais tem tanta importância quanto as intelectuais, a disciplina e a autoridade resultam do trabalho organizado. Questiona as tarefas escolares(repetitivas e enfadonhas) opostas aos jogos(atividades lúdicas, recreio), apontando como essa dualidade presente na escola, reproduz a dicotomia trabalho/prazer, gerada pela sociedade capitalista industrial. A escola por ele concebida, é vista como elemento ativo de mudança social e é também popular por não marginalizar as crianças das classes menos favorecidas. Propõe o trabalho/jogo como atividade fundamental. Freinet elabora toda uma pedagogia, com técnicas construídas com base na experimentação e documentação, que dão à criança instrumentos para aprofundar seu conhecimento e desenvolver sua ação. "O desejo de conhecer mais e melhor nasceria de uma situação de trabalho concreta e problematizadora. O trabalho de que trata aí não se limita ao manual, pois o trabalho é um todo, como o homem é um todo. Embora adaptado à criança, o trabalho deve ser uma atividade verdadeira e não um trabalho para brincar, assim como a organização escolar não deve ser uma caricatura da sociedade" Dá grande importância à participação e integração entre famílias/comunidade e escola, defendendo o ponto de vista de que "se se respeita a palavra da criança, necessariamente há mudanças". Algumas técnicas da pedagogia de Freinet: o desenho livre, o texto livre, as aulas-passeio, a correspondência interescolar, o jornal, o livro da vida (diário e coletivo), o dicionário dos pequenos, o caderno circular para os professores, etc. Essas técnicas têm como objetivo favorecer o desenvolvimento dos métodos naturais da linguagem (desenho, escrita, gramática), da matemática, das ciências naturais e das ciências sociais. Porém, essas técnicas não são um fim em si mesmas, e sim, momentos de um processo de aprendizagem, que ao partir dos interesses mais profundos da criança, propicia as condições para o estabelecimento da apropriação do conhecimento. Vemos que Freinet considera a aquisição do conhecimento como fundamental, mas, essa aquisição deve ser garantida de forma significativa. Sua proposta pedagógica mesclada entre teoria e prática, advém das suas observações das crianças, das práticas de trabalhos que realizou com elas, das reflexões teóricas elaboradas tendo como ponto de partida essa prática, que é constantemente recolocada em prática em diversas situações escolares.
Em sua proposta os instrumentos e os meios são importantes para propiciar participação e interesse, são mediadores para liberar e despertar o interesse para o trabalho. A experiência é a possibilidade para que a criança chegue ao conhecimento. Assim, criação, trabalho e experiência, por sua ação conjunta resultam em aprendizagem.
Freinet concebe a educação como um processo dinâmico que se modifica com o tempo e que está determinada pelas condições sociais. Desta maneira. é preciso, transformar a escola para adaptá-la à vida, para readaptá-la ao meio. Esta tarefa estaria nas mãos do professor, que obtém sucesso quando toma consciência de que a educação é uma necessidade, uma realidade.
Ele acredita no poder transformador da educação. Por isso propõe uma pedagogia de busca e experiências que eduque profundamente. Proporciona à criança um papel ativo de acordo com seus interesses. O trabalho é algo que deve ser valorizado e praticado cotidianamente. A educação é uma preparação para a vida social e aí está uma das razões de advogar o trabalho cooperativo como via para transformar a sociedade e a natureza e a sociedade são os objetivos e também os conteúdos do ensino.
Podemos afirmar que Freinet é um dos pedagogos contemporâneos que mais contribuições oferece àqueles que atualmente estão preocupados com a construção de uma escola ativa, dinâmica, historicamente inserida em um contexto social e cultural. Logicamente em termos de nossa realidade atual, podemos levantar questionamentos a algumas de suas concepções, tais como: uma visão otimista demais do poder de transformação exercido pela escola, a identificação da dimensão social aos fatores de classe, deixando de fora os aspectos discriminativos relativos a questões de cor e sexo, da proposta do professor ser o "escriba" dos alunos, quando as investigações mais atuais da psicolingüística nos levam para outra direção.

REFERENCIA:

CENTRO DE REFERENCIA EDUCACIONAL / CLUBE DO PROFESSOR

quinta-feira, 17 de setembro de 2009

ALGUNS VÍDEOS SOBRE OS PENSADORES DA EDUCAÇÃO

PIAGET...

VYGOTSKY...

DICAS DE ALFABETIZAÇÃO


50 idéias para alfabetizar* * *





Use a sua criatividade e promova jogos e atividades que ampliarão as possibilidades de LEITURA e ESCRITA das crianças.
Tome nota das seguintes dicas e procure colocá-las em prática,
fazendo as devidas adaptações, conforme a sua realidade:
-Use jogos educativos nas suas aulas.
- Desenvolva atividades lúdicas com seus alunos.
- Procure introduzir cada novo conteúdo de forma diferente.
-Mude a disposição das cadeiras e mesas na sala de aula.
-Faça os alunos participarem das aulas.
- Troque de ambiente e dê aula no pátio da escola, por exemplo.
-Explore cartazes, vídeos, filmes.
-Traga jornais e revistas para a sala de aula.
-Aproveite todo o ambiente escolar.
-Crie aulas diferentes e divertidas.
-Elabore situações problemas para os seus alunos resolverem.
-Busque auxílio nos meios de comunicação.
-Troque experiências com os colegas.
-Valorize as opiniões de seus alunos.
-Peça sugestões aos seus alunos quando for preparar suas aulas.
-Faça trabalhos em pequenos grupos ou grupos sucessivos.
-Solicite uma avaliação das suas aulas aos seus alunos.
- Incentive e estimule a aprendizagem dos seus alunos.
- Deixe transparecer que você acredita e valoriza o seu trabalho.



*** 50 DINÂMICAS E ATIVIDADES ALFABETIZADORAS ***


Analise cada jogo abaixo e aplique aos alunos de forma a ajudarem a
refletirem sobre a escrita e leitura.



1- Jogo dos 7 erros:
A prof.ª elabora uma lista de palavras e,
em 7 delas, substitui uma letra por outra que não faça parte da palavra.
A criança deve localizar essas 7 substituições.
2- Jogo dos 7 erros:
A prof.ª elabora uma lista de palavras e,
em 7 delas, inverte a ordem de 2 letras (ex: cachorro – cachroro).
A criança deve achar esses 7 erros.

3- Jogo dos 7 erros:
A profª elabora uma lista de palavras e, em 7 delas,
omite uma letra.
O aluno deve localizar os 7 erros.

4- Jogo dos 7 erros:
A prof.ª elabora uma lista de palavras e, em 7 delas,
acrescenta 1 letra que não existe.
A criança deve localizar quais são elas.

5- Jogo dos 7 erros:
A prof.ª escreve um texto conhecido (música, parlenda, etc.)
e substitui 7 palavras por outras, que não façam parte do texto.
O aluno deve achar quais são elas.

6- Jogo dos 7 erros:
A prof.ª escreve um texto conhecido
(música, parlenda, etc.)e omite 7 palavras.
O aluno deve descobrir quais são elas.

7- Jogo dos 7 erros:
A prof.ª escreve um texto conhecido (música, parlenda, etc.)
e inverte a ordem de 7 palavras.
O aluno deve localizar essas inversões.

8- Jogo dos 7 erros:
a profª escreve um texto conhecido
(música, parlenda, etc.) e acrescenta 7 palavras
que não façam parte dele.
A criança deve localizar quais são elas.


9- Caça palavras:
a prof.ª monta o quadro e dá só uma pista:
“Ache 5 nomes de animais” por exemplo.

10- Caça palavras: a prof.ª monta o quadro e escreve, ao lado,
as palavras que o aluno deve achar.

11- Caça palavras no texto: a prof.ª dá um texto ao aluno e destaca palavras
a serem encontradas por ele, dentro do texto.

12- Jogo da memória:
O par deve ser composto pela escrita da mesma
palavra nas duas peças, sendo uma em letra bastão, e a outra, cursiva.

13- Jogo da memória:
O par deve ser idêntico e, em ambas as
peças, deve haver a figura acompanhada do nome.

14- Jogo da memória:
O par deve ser composto por uma peça contendo
a figura, e a outra, o seu nome.

15- Cruzadinha:
A prof.ª monta a cruzadinha convencionalmente, colocando
os desenhos para a criança pôr o nome. Mas, para ajudá-las,
faz uma tabela com todas as palavras da cruzadinha em ordem aleatória.
Assim, a criança consulta a tabela e “descobre” quais são os
nomes pelo número de letras, letra inicial, final, etc

16- Cruzadinha:
A prof.ª monta a cruzadinha convencionalmente,
colocando os desenhos para a criança pôr o nome.
Mas, para ajudá-las, faz um quadro com todos os desenhos
e seus respectivos nomes,
para que a criança só precise copiá-los, letra a letra

17- Cruzadinha:
A prof.ª monta a cruzadinha convencionalmente, colocando
os desenhos para a criança escreva seus nomes.

18- Bingo de letras:
as cartelas devem conter letras variadas. Algumas podem
conter só letras do tipo bastão; as outras, somente cursivas;
e outras, letras dos dois tipos, misturadas.

19- Bingo de palavras:
As cartelas devem conter palavras variadas.
Algumas podem conter só palavras do tipo bastão; as outras,
somente cursivas; e outras, letras dos dois tipos.

20- Bingo:
A profª deve eleger uma palavra iniciada por cada letra do alfabeto e distribuí-las, aleatoriamente, entre as cartelas.
(+/- 6 palavras por cartela).
A profª sorteia a letra e o aluno assinala a palavra sorteada por ela.

21- Bingo:
As cartelas devem conter letras variadas.
A profª dita palavras e a criança deve procurar,
em sua cartela, a inicial da palavra ditada.

22- Quebra cabeça de rótulos
: A profª monta quebra cabeças de rótulos
e logomarcas conhecidas e, na hora de montar, estimula a
criança a pensar sobre a “ordem das letras”

23- Dominó de palavras:
Em cada parte da peça deve estar
uma palavra, com a respectiva ilustração.

24- Ache o estranho:
A prof.ª recorta, de revistas, rótulos, logomarcas, embalagens, etc.
Agrupa-os por categoria, deixando sempre um “estranho”
(ex: 3 alimentos e um produto de limpeza; 4 coisas geladas e
1 quente; 3 marcas começadas por “A” e uma por “J”;
4 marcas com 3 letras e 1 com 10, etc.) Cola cada grupo em
uma folha, e pede ao aluno para achar o estranho.
25- Procure seu irmão:
Os pares devem ser um rótulo ou logomarca
conhecidos e, seu respectivo nome, em letra bastão.

26- “Procure seu irmão”:
Os pares devem ser uma figura e sua respectiva inicial.

27- Jogo do alfabeto:
Utilize um alfabeto móvel (1 consoante para cada 3 vogais).
Divida a classe em grupo e entregue um jogo de alfabeto para cada um.
Vá dando as tarefas, uma a uma:
- levantar a letra;- organizar em ordem alfabética;
- o professor fala uma letra e os alunos falam uma
palavra que inicie com ela;
- formar frases com a palavra escolhida;
- formar palavras com o alfabeto móvel;
- contar as letras de cada palavra;
- separar as palavras em sílabas;
- montar histórias com as palavras formadas;
- montar o nome dos colegas da sala;
- montar os nomes dos componentes do grupo.

28- Pares de Palavras
Objetivo:
utilizar palavras do dicionárioDestreza predominante:
expressão oral.
Desenvolvimento:
O professor escolhe algumas palavras e as escreve na lousa
dentro de círculos (1 para cada palavra).
Dividir a classe em duplas.
Cada dupla, uma por vez, dirigir-se-á até a lousa e escolherá um
par de palavras formando uma frase com elas.
A classe analisará a frase e se acharem que é coerente a dupla
ganha 1 ponto e as palavras são apagadas da lousa.
O jogo termina quando todas as palavras forem apagadas.

29- Formando palavrasNúmero de jogadores:
4 por grupo.
Material:
50 cartões diferentes (frente e verso).
Um kit de alfabeto móvel por grupo
(com pelo menos oito cópias de cada letra do alfabeto)
Desenvolvimento:
Embaralhe os cartões e entregue dez deles para cada grupo;
Marque o tempo – 20 minutos – para formarem a palavra com o alfabeto
móvel no verso de cada desenho.
Ganha o jogo o grupo que primeiro preencher
todos os cartões.
Variações:
Classificar (formar conjuntos) de acordo:
- com o desenho da frente dos cartões;
- com o número de letras das palavras constantes dos cartões;
- com o número de sílabas das palavras dos cartões;
- com a letra inicial;

30- Treino de rimas
Várias cartas com figuras de objetos
que rimam de três formas diferentes são colocadas diante das crianças.
Por exemplo, pode haver três terminações:
/ão/, /ta/, /ço/.
Cada criança deve então retirar uma carta, dizer o nome
da figura e colocá-la numa pilha com outras figuras
que tenham a mesma rima.
O teste serve para mostrar as palavras que terminamcom o mesmo som.
Ao separá-las de acordo com o seu final, juntam-se as figuras
em três pilhas com palavras de terminações diferentes.

31- Treino de aliterações
Em uma folha com figuras, a criança deve colorir
as que comecem com a mesma sílaba de um desenho-modelo
(por exemplo, desenho-modelo: casa;
desenhos com a mesma sílaba inicial:
caminhão, cama, caracol; desenhos com sílabas iniciais diferentes:
xícara, galinha, tartaruga).
A mesma atividade pode ser depois repetida enfatizando-se
a sílaba final das palavras (por exemplo, desenho-modelo:
coração;
desenhos com o mesmo final:
televisão, leão, balão, mão;
desenhos com finais diferentes: dado, uva, fogo).

32- Treino de consciência de palavras e frases com palavras esquisitas,
que não existem de verdade, são ditadas para a criança,
que deve corrigir a frase.
Substitui-se a pseudopalavra por uma palavra correta.
Por exemplo, troca-se
"Eu tenho cinco fitos em cada mão"
por "
Eu tenho cinco dedos em cada mão".
Nesse jogo, palavras irreais são trocadas por palavras que
existem de verdade,deixando a frase com sentido.
Mostra-se que, ao criar frases com palavras que não existem,
essas não têm significado.

33- Quantas sílabas tem...
A professora fala uma palavra e o aluno
“bate palma(s)”
de acordo com o número de silabas.
34- Adivinha qual palavra é:
A professora fala uma palavra (BATATA)
e os alunos repetem omitindo a sílaba inicial (TATA)
ou a final (BATA)

35- Lá vai a barquinha carregadinha de ...
A professora fala uma LETRA (ou sílaba)
e as crianças escolhem as palavras.
Ex.: frutas iniciadas com M - maçã, morango, melão, etc...

36- Adivinhando a palavra.
O professor fala uma palavra omitindo a silaba final e os
alunos devem adivinhar a palavra. (ou a inicial)

37- Quantas sílabas?
A professora fala uma palavra e a
criança risca no papel de acordo com o número de sílabas
(ou faz bolinhas)
38- Descoberta de palavras com o mesmo sentido
Ajude o aluno a
perceber que o mesmo significado pode ser representadA
por mais de uma palavra.
Isso é fácil de constatar pela comparação de frases como as que se seguem:
• O médico trata dos doentes
• O doutor trata dos doentesForneça, em frases, exemplos do
emprego de sinônimos de uso comum como:
• Bonita, bela;
• Malvado, mau;
• Rapaz; moço
• Bebê; neném; • Saboroso; gostoso
39- Descoberta de palavras com mais de um significado.
Com essa atividade, os alunos perceberão que palavras iguais podem
ter significados diferentes.
Ajude-os a formar frases com as palavras:
manga,
botão,
canela, chato;
corredor;
pena, peça; etc.

40- Respondendo a perguntas engraçadas.
Faça-as pensar sobre a existência de homônimos através de
brincadeiras ou adivinhações:
• a asa do bule tem penas?
• O pé da mesa usa meia?
• A casa do botão tem telhado?
41- Escrita com música.
1) dividir os alunos em equipes de 4 elementos;
2) distribuir, entre as equipes, uma folha de papel;
3) apresentar às equipes uma música previamente
selecionada pelo professor;
4) pedir que o aluno 1 de cada uma das equipes registre,
na folha, ao sinal dado pelo professor, suas idéias, sentimentos,
emoções apreendidas ao ouvir a música;
5) solicitar-lhe que, findo o seu tempo, passe a folha ao aluno 2,
que deverá continuar a tarefa.
E assim sucessivamente, até retornar ao aluno 1,
que deverá ler o produto final de todo o trabalho para toda a classe.
Observação:
a folha de papel deverá circular no sentido horário.

42- Conversa por escrito:
1) dividir a classe em duplas;
2) entregar a cada uma das duplas uma folha de papel;
3) pedir às duplas que iniciem uma conversa entre
seus elementos (ou pares), mas por escrito.
Observações:
1) a dupla poderá conversar sobre o que quiser, mas deverá
registrar a conversa na folha recebida;
2) a dupla não precisará ler sua conversa à classe;
apenas o fará, se estiver disposta a tanto.
Objetivo específico dessa atividade:
ensejar a reflexão sobre as diferenças entre a linguagem oral e a escrita.

43- Interpretando por escrito:
1) dividir os alunos em equipes de
4 elementos cada uma;
2) numerá-los de 1 a 4;
3) distribuir,
entre as mesmas, pequenas gravuras
(se possível de pinturas abstratas);
4) solicitar que cada uma das equipes registre, por escrito,
o que entendeu sobre os quadros propostos;
5) ler as interpretações obtidas.

44- Brincando com as cores:
1) dividir a classe em equipes de 4 elementos;
2) numerar os participantes de cada uma;
3) distribuir, entre elas, as cores: atribuir uma cor
(vermelho, verde, amarelo, azul, etc.)
a cada uma das equipes ou grupos;
4) pedir que cada um dos elementos de cada uma das equipes registre,
numa folha de papel que circulará entre os participantes,
suas impressões a respeito da cor recebida;
5) solicitar das equipes a leitura das impressões registradas.
Observações:
a mesma atividade poderá ser realizada,
mas sem a entrega de cores às equipes.
Neste caso, cada um dos grupos deverá produzir um
pequeno texto sobre uma cor,
sem nomeá-la, mas procurando “dar pistas” a respeito da mesma,
a fim de que os colegas possam descobri-la.
Algumas equipes poderão ler seus textos e, se a cor não for descoberta,
o professor poderá organizar uma discussão sobre esse fato,
apontando, alguns fatores que talvez tenham dificultado a não identificação.
Outra atividade com cores poderá ser a dramatização por
meio de gestos, ou mímica, de uma cor escolhida pela(s) equipe(s).

45- Compondo um belo texto-poema.
1) dividir os alunos em equipes ou grupos;
2) indicar a cada uma três substantivos
- chave do poema: mar, onda, coqueiro;
3) marcar, no relógio, 10 (dez) minutos para a composição dos poemas;
5) expor, no mural de classe, os textos produzidos pelas equipes.

46- Cinema imaginário:
1) dividir a sala em equipes ou grupos;
2) apresentar às equipes três ou quatro trechos (curtos)
de trilhas sonoras de filmes;
3) solicitar que os alunos imaginem cenas cinematográficas
referente às trilhas ouvidas;
4) interrogar os alunos sobre o que há de semelhante e o que há de
diferente nas cenas imaginadas por eles.
“A partir das respostas a essas perguntas, o professor discutirá,
com os alunos, o papel do conhecimento prévio e o das
experiências pessoais e culturais que compartilhamos,
para que possamos compreender textos
(verbais, não-verbais, musicados, ...)
47- Criação de um país imaginário:
1) dividir os alunos em equipes ou grupos;
2) pedir-lhes que produzam um texto, com ou sem ilustração,
descrevendo um país imaginário, de criação da equipe;
3) solicitar que cada uma dessas leia para as demais o
texto produzido por ela;
4) afixar, nque as coloquem no mural ou varal de classe.o mural da sala,
os textos produzidos pelas equipes.

48- “ Se eu fosse ...”
1) dividir a classe em equipes ou grupos;
2) pedir que cada uma complete as lacunas ou pontilhado
com o nome deum objeto, animal, planta, personagem ou
personalidade humana que gostaria de ser;
3) solicitar que escrevam e/ou desenhem a respeito do que gostariam de ser;
4) pedir que exponham suas produções aos colegas;
5) sugerir

49- Jogo do segredo (telefone sem fio)
Dizer uma pequena frase a uma
criança e ela diz essa frase ao ouvido da criança que está ao seu lado
e assim sucessivamente até percorrer as crianças todas.
A ultima diz a frase em voz alta para vermos se coincidiu com a frase inicial.
50- Jogo de formação de frases:
Montagem: faça várias cartelas em cores diferenciadas, contendo:
os substantivos,ações, conectivos e pontuação, separadamente.
(ex: substantivos em rosa, conectivos em azul, etc.).
Como jogar: a professora entrega a uma dupla de alunos cartelas
contendo palavras, vogais e pontuação embaralhadas.
Em seguida, pede a ela que forme as frases corretamente.
Em outro momento, pergunta-lhe se é possível trocar
elementos frasais com as demais duplas.
Assim, os alunos treinam, de maneira lúdica, a comparação
entre frases e entre elementos que estruturam uma frase,
sem preocupar-se com nomenclatura.
Em momento algum, a professora comenta a divisão
de cores dos elementos.
Ela deixa o aluno descobrir as diferenciações, instigando-o
a reparar as diferenças.
Outra forma de brincar é fazer com que uma criança monte
a frase e a outra a leia em voz alta.
Estas são algumas colegas de trabalho que gosto muito!

Trabalhamos juntos na Educação Infantil fazendo a diferença...


(da esquerda para a direita)... Evelize, eu, Jerusa, Zete, Joice e Adriana!

terça-feira, 15 de setembro de 2009

Sejam Bem Vindos!!!


“Continuo buscando, re-procurando. Ensino porque busco, porque indaguei, porque indago e me indago. Pesquiso para conhecer o que ainda não conheço e comunicar e anunciar a novidade”.
Paulo Freire